Fundado em 1963, pelo Prof. Alberto Luiz Coimbra, o Programa de Engenharia Química (PEQ) foi o primeiro da COPPE e serviu como embrião da Instituição. Pioneiro em programas de pós-graduação em Engenharia no Brasil, o PEQ tem sido modelo institucional para muitos outros programas de mestrado e doutorado.
A sua missão básica é formar recursos humanos altamente capacitados, capazes de atuar nos vários segmentos da sociedade para colaborar no ensino, na pesquisa, na identificação de problemas e na proposta de soluções para os inúmeros desafios com que se defronta o mundo moderno. O PEQ sempre tem mantido como seu objetivo principal a busca da excelência nos trabalhos que desenvolve. Os mestres e doutores graduados possuem sólida formação em Ciências da Engenharia Química, com enfoque em soluções de problemas relacionados com muitas áreas de impacto socioeconômico, permitindo o exercício de atividades nos setores industrial, acadêmico e governamental.
O PEQ oferece dois níveis de pós-graduação, com oportunidades de desenvolvimento de pesquisas em diversas áreas. O mestrado é oferecido a todos os estudantes que possuam diploma de graduação em Engenharia Química ou em áreas correlatas das Ciências Básicas e da Engenharia e que estejam interessados em desenvolver pesquisas no campo da Engenharia Química. O doutorado é direcionado a estudantes em um nível mais avançado e a profissionais experientes, com temas de pesquisa envolvendo questões teóricas ou aplicadas de caráter inovador. Em ambos os casos são requeridos um programa de disciplinas e uma tese (experimental ou teórica), com prazos totais que não podem exceder 24 meses para o mestrado e 48 meses para o Doutorado. Alunos de mestrado com excelente desempenho na fase de cursos podem vir a ser convidados para o “Doutorado Direto”, opção que dispensa a apresentação da dissertação de mestrado. Mais informações podem ser obtidas na Secretaria do PEQ.
Até Dezembro de 2012, o PEQ formou 1000 alunos (sendo 688 de Mestrado e 312 de Doutorado) e manteve o mais alto conceito das áreas das Engenharias na avaliação CAPES. Enquanto prevaleceu o sistema de conceitos de A a D - entre 1975 e 1995 - o PEQ sempre conquistou o conceito Máximo A. Posteriormente recebeu o conceito 6+, o mais elevado das Engenharias, na avaliação parcial usando uma nova sistemática de acompanhamento por triênio, iniciada em 1998, mas inicialmente aplicada ao biênio 95/96. Na primeira avaliação sistemática correspondente ao triênio 1998-2000 (divulgada em julho de 2001), o PEQ obteve a nota 7 (nota máxima), a única dentro os 18 Cursos de Pós-Graduação em Engenharia Química do país. Na avaliação posterior, correspondente ao período 2001/2003, manteve o CONCEITO MÁXIMO 7, ainda exclusivo, no âmbito da pós-graduação de Engenharia Química nacional. Nas duas últimas avaliações trienais, referente aos períodos 2004/2006 e 2007/2009, o PEQ teve confirmada a nota máxima de avaliação da CAPES: 7!
Atualmente há cerca de 150 alunos de pós-graduação regularmente matriculados nos cursos de mestrado e doutorado. As atividades de pesquisa do PEQ são supervisionadas por um corpo docente de 16 professores, contando ainda com 4 professores colaboradores, 2 pesquisadores associados, 18 técnicos e 6 funcionários com funções administrativas.
Pesquisas Conjuntas e Intercâmbios
A busca de uma maior competitividade por parte da indústria brasileira tem se refletido também no aumento do número de empresas interessadas nos trabalhos desenvolvidos no PEQ, o que tem levado a iniciativas de pesquisas conjuntas. Estas iniciativas, além de gerarem recursos complementares, fornecem oportunidades para aplicação prática dos conhecimentos gerados no PEQ. Empresas como a Petrobras, Braskem, Petroflex, Copesul, PQU, White Martins, Polibrasil, Suzano, Cia. Vale do Rio Doce, Deten, Nitrofértil, Oxiteno, Monsanto, Klabin e Liquid Carbonic, entre muitas outras, têm interagido com o PEQ, por meio de contratos de pesquisa ou de prestação de serviços firmados com a Fundação COPPETEC. Em um esforço conjunto com a Finep, o CNPq, a Capes e grupos industriais como Petrobras/ Petroquisa, Oxiteno, Grupo Ultra e outros, o PEQ implementou e mantém, desde 1991, o Núcleo Interdisciplinar de Catálise (NUCAT), envolvendo a participação dos Institutos de Química e Física da UFRJ e de outras instituições de pesquisa e ensino do Rio.
Os intercâmbios institucionais são uma característica do PEQ desde sua fundação e têm sido incentivados permanentemente, com parceiros tanto nacionais quanto internacionais. Alguns têm caráter mais permanente, na medida em que se transformaram em “redes” temáticas. As formas de intercâmbio mais praticadas nos últimos anos têm ocorrido através de projetos de pesquisas conjuntos que envolvem também treinamento avançado (cursos e seminários), doutoramento-sanduíche e estágios de pesquisadores.
Em termos de intercâmbios nacionais, devem ser ressaltados os que envolvem docentes do PEQ em projetos conjuntos como o Pronex, o Recope, o Recar, os Faperj/Temáticos e o próprio NUCAT. Em termos internacionais, docentes do PEQ têm utilizado mecanismos oficiais do CNPq e da Capes para promover intercâmbios acadêmicos com universidades estrangeiras. Em alguns casos, projetos de pesquisa patrocinados por agências internacionais têm sido efetivados (como os projetos Alfa ou de Pesquisa da Comunidade Econômica Européia). Nos últimos três anos, as instituições abaixo têm interagido com pelo menos uma das áreas de pesquisa do PEQ:
Universidades de British Columbia e de Waterloo e a Queen’s University (Canadá); Institut des Recherches sur la Catalyse, Université Lyon, Université de Caen (França); École Supérieure de Chimie Physique Elétronique de Lyon (França); Universidade Nacional del Litoral (Argentina); Universidade Nacional de La Plata e Universidad del Litoral (Argentina); Max Planck Institute (Alemanha); Universidade Politécnica de Valencia, Universidad del Pais Basco e Universidade da Catalunha (Espanha); Instituto de Catálisis y Petroleoquímica, Univ. Nacional de Tucumán e de Santa Fé (Argentina); Universidade de Santiago de Chile e Universidade de Concepcion (Chile); South Carolina University, Penn State University, University of Texas, University of Wisconsin, University Notre Dame (EUA); Universidade de Twente (Holanda); GKSS, Hamburg (Alemanha).
Graduação, Educação Continuada e a Distância
Além de suas atividades na pós-graduação, todos os docentes do PEQ colaboram no ensino de graduação em várias unidades acadêmicas da UFRJ, como a Escola de Química, a Escola Politécnica e o Instituto de Química. Atenção particular é dada ao treinamento de alunos de graduação, exemplificada nos mais de 40 alunos com bolsas de iniciação científica que estagiam em laboratórios do PEQ, os quais recebem também alunos do exterior, oriundos de intercâmbios internacionais.
Também é importante destacar as iniciativas permanentes no sentido de divulgar novos conhecimentos em cursos oferecidos à comunidade técnica externa em geral, através de cursos de atualização ou de especialização em todas as áreas de conhecimento em que o Programa atua.
A Escola Piloto em Engenharia Química (EP) merece destaque especial, na medida em que foi montada em 1992 com o objetivo de oferecer um conjunto de disciplinas avulsas, de curta duração, duas vezes por ano, em nível introdutório, sobre temas atuais ainda não incorporados ao currículo universitário de graduação, tendo como principal público alvo os alunos de cursos de graduação das universidades situadas no Rio de Janeiro.
Ampliando o seu público, e numa iniciativa pioneira, a sua versão via Internet – Escola Piloto Online de Engenharia Química – foi lançada em 1997, oferecendo cursos a toda a comunidade técnica e científica do Brasil. Até hoje já foram realizadas 11 edições a mais, além das 13 edições oferecidas na forma presencial tradicional. Nos últimos cinco anos, 11 cursos foram oferecidos, com uma participação efetiva de cerca de 300 alunos. (O curso Fronteiras da Engenharia Química, em 2003 e 2004, contou com mais de 150 alunos de todo o Brasil, um recorde para a Escola Piloto Virtual). Os dois últimos cursos, em 2008, "Introdução à Modelagem Matemática e Dinâmica Não-Linear de Processos Químicos" e "Engenharia de Cultivos Celulares para a Produção de Biofármacos", contaram com a participação efetiva de 90 alunos.
Outra iniciativa nesse sentido desembocou recentemente em um projeto de extensão para a comunidade externa, em que alunos e funcionários repartem os seus conhecimentos e habilidades com a comunidade através de Cursos de Extensão coordenados pela secretaria do Programa. Dez Cursos de Extensão foram oferecidos no ano de 2008 e outros 10 cursos foram programados para o ano de 2009, abrangendo todas as áreas de atuação.